Demissões em massa na Kyndryl: milhares de funcionários ameaçados por uma nova onda de cortes de empregos

Licenciements massifs chez Kyndryl : des milliers d'employés menacés par une nouvelle vague de suppressions de postes

A nova onda de demissões anunciada pela Kyndryl está levantando sérias preocupações dentro da empresa. Após uma série inicial de cortes de empregos, a empresa de serviços de TI, que foi recentemente desmembrada da IBM, está planejando outras reduções significativas de pessoal. Essa decisão ocorre em um cenário de reestruturação e medidas de corte de custos, em um momento em que a empresa está enfrentando grandes desafios financeiros.

Perspectiva de demissões em massa

A Kyndryl anunciou sua intenção de alocar mais US$ 100 milhões para financiar outras reduções de pessoal até o final do ano fiscal. Isso ocorre após uma primeira onda de demissões que já custou à empresa US$ 190 milhões. Estima-se que cerca de 5.200 funcionários poderão perder seus empregos até o final de março de 2025, o que representa uma proporção significativa da força de trabalho atual da Kyndryl.

A escala dessa reestruturação é destacada pelas tendências da força de trabalho da empresa:

  • 2022: 90.000 funcionários
  • 2023: 80.000 funcionários
  • 2025 (projeção): Potencialmente menos de 75.000 funcionários

Essa redução drástica na força de trabalho é acompanhada por condições específicas de saída. Os funcionários envolvidos receberiam uma indenização de 3 a 12 meses de cobertura médica, dependendo do tempo de serviço, bem como 3 meses de indenização por demissão. Por outro lado, essas ofertas estariam condicionadas à desistência de qualquer alegação de discriminação ou ação legal contra a empresa, levantando questões éticas e legais.

Estratégias polêmicas de downsizing

Os métodos usados pela Kyndryl para realizar esse downsizing estão atraindo fortes críticas. Nos Estados Unidos, as demissões atuais estão sendo direcionadas principalmente a funcionários de meio período com mais de 45 anos de idade, uma prática que pode ser considerada discriminatória. Na França, o sindicato CFE-CGC expressou preocupação com a possível desigualdade de tratamento e controles direcionados.

Diz-se que a gerência da Kyndryl implementou novas estratégias para justificar as demissões:

Método Descrição Impacto potencial
Controle de relógios de ponto Aumento do monitoramento dos horários de atendimento Penalidades por não cumprimento do horário de trabalho
Conformidade com o acordo de teletrabalho Controle rigoroso dos dias passados no escritório Motivos para demissão em caso de não conformidade
Obrigação de retornar ao escritório Fim do teletrabalho generalizado Incentivo à demissão voluntária

Essas medidas levantam temores sobre uma possível estratégia destinada a induzir demissões voluntárias. Ao impor o retorno ao escritório, a empresa poderia tentar reduzir sua força de trabalho sem ter que arcar com os custos associados às demissões. Essa abordagem, se confirmada, pode ter consequências negativas para o moral dos funcionários e para a reputação da empresa.

Licenciements massifs chez Kyndryl : des milliers d'employés menacés par une nouvelle vague de suppressions de postes

Reestruturação e reorientação estratégica

Diante de dificuldades financeiras persistentes, marcadas em particular por uma queda de 8% nas vendas no último trimestre de 2021, a Kyndryl está buscando redefinir seu posicionamento no mercado. A empresa pretende reduzir suas despesas anuais em US$ 200 milhões, potencialmente eliminando as atividades menos lucrativas de seu portfólio.

Para voltar aos trilhos, a Kyndryl está apostando no desenvolvimento de novos serviços de alto valor agregado:

  1. Segurança cibernética
  2. Transformação digital
  3. Computação em nuvem
  4. Inteligência artificial

Com isso em mente, a empresa firmou parcerias estratégicas com gigantes da nuvem, como Microsoft, Google e AWS. Essas alianças foram criadas para expandir as oportunidades comerciais da Kyndryl e fortalecer sua posição no mercado de serviços de TI empresarial. O CEO da empresa está otimista quanto às perspectivas da empresa, que agora é independente da IBM, e espera que essas parcerias atraiam novos contratos lucrativos.

Desafios e perspectivas para o futuro da Kyndryl

Apesar das dificuldades atuais e das medidas drásticas de corte de custos, a gerência da Kyndryl está otimista quanto ao futuro da empresa. A aposta em parcerias com líderes de nuvem poderia, de fato, abrir novas oportunidades de crescimento. No entanto, a empresa enfrenta uma série de desafios importantes para sobreviver e crescer:

Em primeiro lugar, a Kyndryl terá que fazer uma transição bem-sucedida para serviços de maior valor agregado, mantendo a qualidade de seus serviços existentes. Os cortes na equipe não devem ser feitos às custas da experiência técnica e operacional da empresa. Além disso, a empresa terá que trabalhar para restaurar a confiança de seus funcionários e atrair novos talentos em um cenário de reestruturação.

Por fim, a Kyndryl terá que provar sua capacidade de se diferenciar em um mercado de serviços de TI altamente competitivo. A independência da IBM pode ser um trunfo, permitindo que a empresa desenvolva parcerias mais diversificadas e adapte sua oferta mais rapidamente às necessidades do mercado. Por outro lado, essa autonomia também traz consigo novos desafios em termos de posicionamento e reconhecimento da marca.